As aulas em Tübingen ainda não começaram. Nem as do curso de alemão, só na próxima semana, nem as da faculdade, somente
Quanto às burocracias, eu as estou resolvendo aos poucos. Já abri conta no banco, me cadastrei na prefeitura, já resolvi tudo do alojamento, já comprei um celular de 20 euros já com 5 de crédito. Já fiz várias compras no supermercado, mas ainda não lavei minhas roupas nem cozinhei. Hahaha!!!
Entre as primeiras pessoas além dos brasileiros e dos alemães que eu conheci aqui estão uma italiana e um italiano. Ambos estudam filosofia e são muito gente fina. Dá pra tirar onda e pra conversar sério, dependendo da situação. É uma pena que o italiano não fale alemão, daí a gente só fala inglês perto dele. Ele é um dos caras mais engraçados que eu já vi e é um italiano extremamente estereotipado. O sotaque dele em inglês já faz a pessoa querer rir. Numa festinha que teve ele fez o macarrão e mandou todo mundo calar a boca pra rezar o pai nosso em italiano e
Nesses dias eu andei bem mais por Tübingen. Vi outros lugares bem bonitos que margeiam o rio Neckar. Tem uma praça que é na bifurcação do rio, ou seja, o rio passa pelos dois lados da praça dando uma sensação de ilha. As construções também são muito bonitas. As casas da cidade alta (tipo Olinda) têm cerca de 400 anos, tudo bem típico alemão. Já descobri também que alemães do sul e do norte são completamente diferentes. O pessoal do norte segue mais o estereótipo prussiano de alemão pontual, disciplinado, etc. Um alemão que mora no mesmo WG que eu disse que quanto mais ao sul menos se houve de Berlim e mais se houve de Roma, o sul é bem católico. Mas, isso era mais antigamente. Todos os alemães aqui até agora foram super amigáveis e sempre procuram ajudar. Eu tava no meio da rua com o mapa de Tübingen na mão procurando o birô dos estrangeiros pra me cadastrar na cidade. Daí uma mulher com um bebê na mão e outro no carrinho perguntou se eu queria ajuda e me disse onde era o negócio.
Agora, definitivamente a diferença de comportamento entre os latinos e os demais é perceptível. Somos muito mais fáceis de se lidar, conversamos mais, fazemos mais brincadeira da cara dos outros e pegamos intimidade muito mais rapidamente. E os demais acham isso o máximo. Eu e Túlio dançamos a coreografia da música (pintei o meu cabelo me valorizei, entrei na academia eu malhei, malhei) um brega aí pra quem não conhece e os americanos disseram: “amazing”.
Como eu disse, a cidade está toda
De vez em quando eu vejo umas passeatas pelas ruas, de longe. Uma das conversas mais engraçadas que tive aqui foi um tirando onda do presidente do outro. Detalhe: era um brasileiro, eu; um italiano, Francesco; um americano. Imagine os presidentes que eram a comédia? Claro, Bush e Berlusconi. Dois malucos, aí Lula num faz nem cócegas. Um dos americanos que eu conheci não era estúpido e isso me surpreendeu muito. Acho que porque ele é de família irlandesa. Bom, digo isso porque, juro, uma americana perguntou se eu morava
Continuo usando esporadicamente a conexão de alguém que eu não sei quem é, que às vezes pega, às vezes não. Só vou conseguir uma conexão decente depois da minha matrícula.
Geralmente quando saio com o pessoal e volto tarde eu volto a pé, quase toda noite de madrugada. Ninguém na rua, o cenário mais macabro e nem sinto medo. É uma sensação ótima essa. Ando muito por aqui, pois ainda não tenho o tíquete de ônibus de estudante que é bem barato. Aí tem dia que eu ando bem umas duas horas, é um bom exercício.
Bis bald!