domingo, 30 de agosto de 2009

Hamburg
























































Hoje o post tem dupla autoria. Como estamos juntos esses dias (desde quinta-feira Pacelli está aqui na minha casa em Buxtehude), resolvemos escrever tudo de uma vez só.
Na sexta-feira à tarde, eu não precisei ficar com as crianças, então resolvemos aproveitar a carona da minha Gastmutter e ir para Hamburgo. Depois de muito trânsito e angústia devido à chuva que teimava em não parar, chegamos na cidade. Aos poucos, Hamburgo ia se mostrando para nós e o sol começava a reaparecer. Após algum tempo completamente perdido em uma loja (eu queria trocar um adaptador que comprei errado, mas não conseguimos), fomos visitar à prefeitura da cidade. É um prédio muito grande e bonito; quanto mais perto se chega, mais bonito ele fica (portanto não comece a tirar fotos de longe, se não a memória da sua câmera acaba fácil). Ao nos aproximarmos das margens do rio Elba, notamos uma movimentação diferente na cidade... muitos quiosques, bandeiras de alguns países, palcos, música rolando. Não nos pergunte o porquê, mas tava rolando uma festa SUPIMPA. A priori, eu imaginei que era pra aproveitar o "resto" do parque "Hamburger Dom" que acabou semana passada... enfim, qualquer que seja o motivo, nós aproveitamos bastante. Em meio aos quiosques, a presença majoritária era era era (alemã?!?... nãaao) BRASILEIRA! Meu irmão, brasileiro é uma praga. Caipirinha faz o maior sucesso por aqui, cinco euros por um copo... tamos pensando em largar tudo e abrir um bar que venda sarapatel e caipirinha. Ficaremos ricos. Apesar de uma porrada de quiosques com bandeiras brasileiras, canudos verdes e amarelos e toda a caracterização canarinha, muitos eram fake (ou seja, gringos branquelos tentando dançar música caribenha e vender drinques supostamente brasileiros). Dentre os quiosques realmente brasileiros, podemos curtir um samba e bossa nova, ao tomarmos um chope tendo como vista as torres de Hamburgo e o rio Elba. Às nove horas, quando começou a escurecer e esfriar (fez 13 graus e muito vento)... resolvemos que não demoraríamos a voltar para casa. Fomos à estação mais próxima verificar o horário do trem para Buxtehude... como tínhamos cerca de 40 minutos, resolvemos sentar e descansar na beira do rio. Foi bem difícil arranjar um lugar pra sentar, tinha 300 milhões de gringos olhando por rio e a gente achava que era falta do que fazer. Cerca de 10 minutos depois, começou uma queima de fogos que durou quase meia-hora... Pacelli começou a gritar "Feliz Ano Novo!" em português, alemão, francês, inglês, espanhol e a gringalhada achava que a gente era doido. Demos uma de turistas e começamos a filmar a parada... foi divertido. Após os fogos, enfim, pegamos o trem e voltamos para Buxtehude. Infelizmente, não diretamente para casa (apesar de essa ser a nossa intenção)... pois é, a gente se perdeu no caminho. O bom é que tava 13 graus, muito vento e escuridão e a gente sem agasalho. Vimo-nos na Autobahn, pena que a pé. Paramos em um posto e perguntamos - em um alemão bem enrolado - onde era o hospital. É que estávamos com início de hipotermia. Brincadeira, eu moro perto do hospital mesmo. Andamos mais cerca de meia-hora e chegamos na casa quentinha... foi um belo dia, mas infelizmente não tão bela foi a noite. Hoje acordamos tarde e fomos para Hamburgo de novo. Íamos antes para a Altstadt de Buxtehude - Pacelli ainda não conhece, mas quando terminamos de nos arrumar para sair, a chuva comia solta. Almoçamos (e tomamos café-da-manhã) em um supermercado perto da casa e fomos para Hamburgo com Melissa. Foi massa a sensação de correr atrás de um trem debaixo d´água e cheio de pacote. Pacelli quase infarta só de lembrar que tava sem a bombinha. Bom, quando chegamos na estação o trem já estava lá... compramos o ticket em 3 segundos e entramos no bregueço. Hamburgo de novo. Dessa vez, não tão bom. Toró da bixiga! Foi bom só porque eu fiz umas comprinhas básicas e Pacelli praticou o francês seboso dele com Melissa (coitada!). Ah, Pacelli estilou e não quis passar a noite na Reeperbahn em Hamburgo... tínhamos até um guia DJ (amigo de uma das au pairs). Mais um detalhe: conhecemos uma au pair do Quirguiquistão e ela disse que lá passam as novelas brasileiras; a mãe dela conhece todas, inclusive. Imaginem vocês a dublagem, deve ser mara. Voltamos, então, para Buxtehude de trem. Aí fomos pra inauguração do bar chamado Wunderbar(maravilhoso em alemão). Tava legal, tirando os alemães tentando dançar o que quer que seja. A gente tomou uma cerveja lá e foi procurar algo pra comer. Eram quase 23 horas e quase tudo tava fechado. Achamos uma pizzaria cujo foco mesmo era entrega em casa e comemos lá mesmo. Pedimos à mulher do caixa o número de um táxi, pois a casa era muito longe pra irmos a pé depois de já termos andado bastante. A mulher foi muito gente fina e ela mesma pegou o telefone da pizzaria e chamou o taxi. Já dentro do táxi falamos o nome da rua da casa e, coincidentemente, a filha do taxista morava exatamente na mesma rua. Tudo bem a cidade ser pequena, mas ser exatamente na mesma rua... Ah sim, também pode-se ver pichado nas ruas de Buxtehude e Hamburgo várias frases antinazistas. Isso é muito bom pra gente que é de fora.

4 comentários:

  1. Li tanta coisa que vocês escreveram que esqueci o que ia comentar. --'

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  2. agora além de falar inglês eu sou do pet.

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  3. Gato, quando puder manda notícias!!
    Beijo :*

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  4. Li da metade pra baixo e já achei interessantíssimo, queria ver a cena de Pacelli gritando 'Feliz Ano Novo!' é 26494847 línguas! haha

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